Fabio Gabbay

23/01/2023

“Estar confortável com o desconfortável”

As grandes e tradicionais corporações já passaram por todo tipo de oscilações de mercado e conhecem bem a expressão. É justamente com este mindset que as startups digitais devem ter a resiliência e a capacidade de seguir aprendendo e se adaptando às necessidades de mercado.
Todos sabemos do momento delicado que levou companhias, incluindo as Big Techs, a realizarem layoffs, mas não é a intenção ter aqui mais um post sobre este tema, mas sim, sobre a dificuldade dos líderes em adaptarem estratégias de seus negócios diante dos sinais e voltarem a crescer. Tomarem decisões difíceis em um cenário de crise de confiança.
 
Nosso caso em Recrutaê é interessante neste aspecto. Reforçamos o espírito empreendedor e fazemos nossas “correções de rota” de acordo com aquilo que nosso cliente requer.
Com o momento de incertezas e baixo investimento, é natural que os contratantes aumentassem a cautela e o rigor na hora de avaliar e atrair os talentos, ainda que em um mercado aquecido e demandante como o de tecnologia.
Era necessário mudar e isso não é fácil. É fácil se apaixonar pelo desenho de uma solução feita com tanto cuidado e esmero. Mas percebo que muitas das startups e mesmo organizações mais consolidadas pecam neste processo de ajuste/pivotagem.
Do foco 100% em growth, vimos muitos de nossos clientes e prospects migrarem para a ênfase em eficiência e lucratividade. Nossa solução passou, portanto, por um redesenho e agora se apresenta como opção aos dois cenários. Atende aqueles que contam ainda com alta demanda de profissionais e com urgência no preenchimento das posições, bem como aqueles que procuram mais zelo e possuem mais tempo para a escolha talento a talento.
De um modelo único fim a fim digital, passamos a a ter o phygital, onde há uma interação humana maior na condução dos projetos. Com a troca constante com nossos clientes e com nossos ouvidos atentos aos feedbacks, conseguimos nos adaptar e atacarmos o centro da “dor” de cada um deles. A moral da história é que em um mundo de ultra conexão e globalização, onde uma crise na Europa, por exemplo, pode afetar a forma como as empresas contratam no Brasil, não sermos adaptáveis e flexíveis, pode ser o começo do fim.
E percebemos que em alguns casos, as companhias digitais, apesar de terem nascido velozes, inovadoras, com o cliente no centro de suas decisões, passam pela primeira grande crise e se veem numa pressão e chegam a ficar inertes a ela, algo incomum em suas trajetórias de dinâmica tão forte. E aí cabe o aprendizado com as grandes organizações que já passaram por diversas intempéries e superaram recessões e crises muito mais profundas e que permanecem em cena até hoje.
Aprenderam a ficar confortáveis com o desconfortável. Acostumaram-se a crescer sustentavelmente, coerentemente, focando em lucratividade e eficiência em busca da perenidade.
Será que encontramos o momento chave do blend entre as boas práticas da “velha economia” com o arrojo e coragem da “nova economia”? O livro “A Startup enxuta” parece cada vez mais atual, não?

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